Além do modelo CAD 3D, o BIM contém outros metadados, como número da peça, nome da peça, dimensões da conexão dos flanges/encaixe de tubulação, informações sobre conexões elétricas e todas as dimensões relevantes da instalação. No futuro, os modelos BIM poderão ser expandidos, inserindo-se os dados sobre as bombas, como: capacidade hidráulica, valores de eficiência, modos de controle (dp-v, dp-c, controle de acordo com a velocidade). A padronização ainda não está completa, mas mais dados, como espaços inseridos, informações de reciclagem e algoritmos de software, provavelmente serão adicionados nos próximos meses e anos.

4D e 7D, respectivamente, se referem ao número de níveis de informações que compõem os modelos BIM. O ponto de partida são os modelos em 3D, que permitem matematicamente uma relação espacial e sobreposição de objetos. A quarta dimensão (4D) complementa a dimensão espacial com um componente temporal (informações relacionadas a horários e prazos) e a quinta dimensão (5D) inclui informações relacionadas a custos. Um modelo em 7D também conta com informações sobre sustentabilidade e eficiência (6D) e sobre a gestão das instalações (7D).

O BIM já é usado em muitos países e se tornou obrigatório para participar de concorrências públicas, pois as vantagens são imensas para o desenvolvimento geral do projeto. O BIM não é obrigatório para projetos de construção com financiamento privado, mas é cada vez mais utilizado e é o atual indicador da metodologia. Não se espera que o BIM seja usado no planejamento de casas unifamiliares e multifamiliares, devido à baixa proporção de TGA (equipamentos técnicos para a construção) e à ausência de uma gestão da instalação.

A ETIM é uma campanha para a padronização da troca eletrônica de dados de produtos na área de engenharia elétrica (produtos de instalação elétrica, eletrodomésticos e eletrônicos de consumo) e nas indústrias relacionadas (entre elas, HVAC/tecnologia de saneamento), para permitir o comércio eletrônico desses produtos. A norma é voltada especialmente para os requisitos de indústrias selecionadas e permite a descrição técnica e uniforme das mercadorias e a atribuição a uma classe de produtos. Os produtos são atribuídos hierarquicamente às classes de artigos. Depois, os produtos comparáveis são classificados na classe de artigos. A norma da classe do artigo também pode ser encontrada usando sinônimos atribuídos que se referem à classe. Os especialistas técnicos atribuem características técnicas para cada classe e essas características descrevem os produtos. É assim que é criada a classificação ETIM.

A padronização permite encontrar produtos técnicos, independentemente do fornecedor, com base na classe ou nas características técnicas. A ETIM é usada para a transferência de dados técnicos do produto, por exemplo, para catálogos online. A ETIM é basicamente uma norma gratuita, ou seja, o modelo de dados pode ser utilizado por qualquer pessoa, sem taxas de licença. O setor SHK (saneamento/aquecimento/condicionamento do ar) já está integrado desde a versão 7.0 da ETIM (2017).

O closed BIM descreve uma troca de dados que depende do software dos modelos de construção com formatos de arquivos fechados e proprietários, por exemplo, Revit, Allplan, Archicad etc.

O open BIM, por outro lado, significa que é possível uma troca de dados entre os modelos de construção, independentemente do software. Nesse caso, é usado um formato de arquivo aberto e não nativo, por exemplo, IFC (Industry Foundation Classes). Não há restrições para a troca dos modelos de geometria, enquanto a troca de modelos de dados é possível apenas de forma limitada.

Na metodologia BIM, são utilizados os termos “Level of Information” (LoI), “Level of Geometry” (LoG) e “Level of Coordination” (LoC), que são divididos em cinco níveis, de 100 a 500: 100 = conceptual; 200 = approx. geometry; 300 = precise geometry; 400 = fabrication; 500 = as-built. O termo “Level of Development” (LoD) é composto pelos subindicadores LoI, LoC e LoG e define o nível geral de maturidade de um componente virtual.