29.03.2024
As megacidades, também conhecidas como supercidades, são áreas urbanas com mais de 10 milhões de habitantes. Enquanto grandes centros urbanos, são frequentemente importantes pólos culturais, políticos e económicos. As megacidades caracterizam-se pela diversidade das suas infra-estruturas e por uma vasta gama de serviços, oportunidades educativas e perspectivas de carreira. São também centros de inovação e progresso, mas ao mesmo tempo enfrentam desafios como a poluição ambiental, o congestionamento do tráfego e a desigualdade social.
Em 1950, existiam apenas duas megacidades no mundo. Desde então, o número destas supercidades aumentou consideravelmente. Atualmente, existem 34 megacidades em todo o mundo. As previsões sugerem que este número aumentará para 43 até 2030. Esta tendência reflecte o crescimento contínuo da população e a crescente urbanização.
Em 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez um levantamento das maiores cidades do mundo para as "Perspectivas Mundiais de Urbanização". Neste ranking, a ONU refere-se a "áreas urbanas" porque inclui não apenas os residentes do centro da cidade, mas também os das áreas circundantes. Estas cidades destacam-se não só pelo seu elevado número de habitantes, mas também pela sua posição influente na economia global e na cultura mundial, o que lhes valeu o título de "Cidades Globais".
Estas dez megacidades, cada uma com a sua história única e convincente de desenvolvimento, adaptação e resiliência, resumem a natureza dinâmica da vida urbana. Desde infra-estruturas sustentáveis a inovações tecnológicas, mostram coletivamente a essência de prosperar no meio de desafios globais. Como tal, oferecem uma visão panorâmica do futuro da vida urbana em todo o mundo.
Porque é que cada vez mais pessoas são atraídas pelas megacidades?
Apesar dos desafios acima descritos, as megacidades continuam a atrair pessoas em busca de melhores oportunidades e de um estilo de vida urbano dinâmico. As razões são múltiplas e, naturalmente, dependem da cidade em causa e da sua localização. Estas são apenas algumas das razões para a popularidade das megacidades:
1. Oportunidades de emprego: As megacidades são frequentemente centros económicos com muitas empresas, que oferecem aos residentes uma variedade de oportunidades de emprego.
2. Educação: Muitas megacidades albergam universidades e escolas de prestígio que oferecem um ensino de elevada qualidade, o que atrai muitos estudantes e famílias.
3. Infra-estruturas: As megacidades tendem a ter melhores condições de boas infra-estruturas e serviços para os residentes, em comparação com as zonas rurais, incluindo transportes, saúde e outros serviços públicos.
4. Diversidade cultural: Devido à sua dimensão e densidade populacional, as megacidades são frequentemente muito diversificadas, albergando diversas culturas e estilos de vida.
5. Actividades de entretenimento e lazer: As megacidades oferecem uma vasta gama de opções de entretenimento e lazer, tais como museus, teatros, parques, restaurantes e vida nocturna.
O futuro das megacidades
No futuro, espera-se que as megacidades continuem a crescer e a sofrer uma transformação contínua. Eis três tendências que são previsíveis atualmente:
Crescimento da população: Devido à urbanização em curso, espera-se que a densidade populacional nas megacidades continue a aumentar. As projecções sugerem que, em 2050, cerca de dois terços da população mundial viverá em cidades.
Inovações tecnológicas: Com o avanço das tecnologias, as megacidades estão a evoluir para o que é conhecido como áreas urbanas inteligentes: espaços urbanos onde as tecnologias avançadas e as soluções inovadoras melhoram a eficiência, a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável das cidades. Isto inclui, por exemplo, sistemas de transporte mais inteligentes para gerir o tráfego, infra-estruturas melhoradas para a eficiência energética, sistemas de comunicação avançados, etc.
Saúde: A pandemia de COVID-19 demonstrou a rápida propagação de doenças nas megacidades. No entanto, estas cidades dispõem frequentemente de instalações médicas bem desenvolvidas que podem, em geral, lidar bem com os surtos de doenças. Uma maior expansão dos serviços de saúde torna as megacidades atractivas para os residentes.